terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Na verdade (a garota sempre tentando ser transparente consigo mesmo, uma quase adaptação de Macabéa), não sei como começar esse texto, talvez porque não saiba nem como organizar as palavras certas, no lugar certo da minha mente inundada por essa perdição desconexa. Pensando bem, o que há dentro de mim se trata de quê? Acho que é um preenchimento vazio… Algo existente entre minha mente e meu coração, um certo lugar que não sei localizar. E agora me pergunto: Será que esse lugar é a tão falada alma? Sei lá, mas, milagrosamente, acho que sei sobre o que é esse vazio. É vazio de amor, de abraço, de corpos entrelaçados e olhos desejosos; também vazio de boca faminta, sorriso sincero e felicidade mútua. O preenchimento se trata de memórias inexistentes, saudades de não sei o que, flashs psicodélicos e tristeza. Tristeza? Então é amor… Talvez? Não, é o oposto dele, é a incapacidade de tê-lo. Dor de amor dói, mas a morte e falta dele é de uma tristeza implacável: quase um velório com caixão lacrado e vazio, com o corpo perdido por aí. É ver a vida em branco e preto, bonita, confusa e tão sem graça, repleta de uma indiferença desconcertante. O coração teima em bater. Mas e a lágrima? O riso? Os sonhos?? Teimam em não existir.

(Maria Rita)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Me diz no que isso vai dar? Para que me desdobrar, estraçalhar, lutar?
De qualquer forma, um dia seremos poeira.