sexta-feira, 9 de abril de 2010

— Então devias dizer o que queres dizer — continuou a Lebre.

— E digo — apressou-se Alice a responder — ... pelo menos quero dizer o que digo... é a mesma coisa, sabes?

— Não é nada a mesma coisa! — protestou a Lebre — Ora, nesse caso então também podias dizer que «Vejo o que como» é a mesma coisa que «Como o que vejo»!

— E bem podias dizer também — acrescentou a Lebre — que «Gosto do que tenho» é a mesma coisa que «Tenho o que gosto»!

—Bem podias dizer — intrometeu-se o Arganaz, que parecia falar a dormir — que «Respiro enquanto durmo» é a mesma coisa que «Durmo enquanto respiro»!

— É a mesma coisa para ti. — lembrou o Chapeleiro.


"As pessoas escorregam e, se num momento foram, no seguinte já não mais o são."


O rubor está em teu rosto, porque choras?
Foi você quem escolheu.

"...Quando não se tem mais nada a perder, só se tem a ganhar. Quando se para de pedir, a gente está pronto para começar a receber. O futuro é um abismo escuro, mas pouco importa onde terminará a minha queda. De qualquer forma, um dia seremos poeira. Quem é você? Quem sou eu? Sei apenas que navegamos no mesmo barco furado, e nosso porto é desconhecido. Você tem seus jeitos de tentar. Eu tenho os meus." (Caio F.)
As pessoas vivem apegadas àquilo que traduzem como correto e verdadeiro, assim elas definem a realidade. Mas o que significa o correto e o verdadeiro? Meramente conceitos vagos e subjetivos... A realidade deles pode muito bem ser um miragem. Podemos considerar que todos vivem apegados em seu próprio mundo, amarrados e cegados por suas crenças, não acha?

Afinam ou desafinam.

O mais importante e bonito do mundo é isto; que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando.


"Meu coração é uma planta carnívora morta de fome"
(Caio F.)
Com licença, eu posso entrar? Eu sei que a casa também é minha, mas ela já tem tanto de nós que nem me sinto mais à vontade pra chegar assim sem avisar, sem marcar hora, sem ao menos um prefácio. Não é fácil. Eu só vim buscar umas coisas, não pretendo me demorar. É só o tempo de tomar um café, de separar as xícaras, os discos, os livros. A secretária eletrônica transmite os recados em vozes familiares. Substantivos, verbos, sujeitos e predicados. Orações mal formuladas. Sinto falta do nosso silêncio à dois. Sinto falta dos adjetivos nas mensagens que ouço. Eles devem estar nos meus textos da madrugada. Todos traduzem a fé em nós. Afinal, onde termina a música e onde começa a história? Afetos arquivados em pastas de computador. Deixarei um lembrete da próxima vez: "salvar nossa fé em disquete". Eu sei que a culpa também é minha, mas ela já tem tanto de nós que nem sinto a vontade de partir assim sem avisar, sem marcar hora, sem ao menos um prefácio. Não é fácil. Com licença, eu posso ficar?

(A Fé em Nós - Maíra Viana)

sábado, 3 de abril de 2010

"Nunca deixar de ouvir...

com outros olhos!"


Eu, que...

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?