sexta-feira, 12 de março de 2010

Bibliotecas são locais barulhentos, onde torrentes de idéias eclipsam umas às outras em confusão total. Que adianta as pessoas ficarem caladas, se é tudo como o estouro de balões depois de uma festa de aniversário? Tanta informação, em clima de batalha campal, a agonia da criação, um som universal, e, na outra ponta, o silêncio introverso e culposo.

Livros são, como vinhos, instantes de encantadora felicidade ou de arrasador remorso. Um vício ainda a ser posto a descoberto, apenas porque os viciados poucos são que não conseguem escondê-lo com uma couraça de intelectualidade, que eu traduzo por narcisismo maléfico.

(Filicio Albara)

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